sexta-feira, 22 de outubro de 2010

CRISE ESTIMULA GESTÃO DE RISCOS

Pesquisa mostra os efeitos da crise financeira mundial sobre a gestão de empresas

reuniao grafico

As empresas têm ficado mais preocupadas com a gestão de riscos desde o estouro da crise financeira global, de acordo com um estudo do Korn/Ferry Institute. Executivos seniores e integrantes de conselhos administrativos de empresas de mais de 65 países - inclusive brasileiras - participaram da pesquisa Executive Quiz. Os dados foram levantados em julho deste ano e mostraram um crescimento na dedicação à identificação de riscos e soluções.
Dentre os executivos que participaram do levantamento, 59% avaliam positivamente essa maior preocupação, considerada conseqüência direta da última crise provocada justamente pelas falhas na gestão de riscos, principalmente na indústria financeira. Somente 28% dos entrevistados não perceberam mais cuidado com esse aspecto em suas empresas.O estudo também mostra que 58% dos pesquisados acreditam que a qualidade da supervisão e dos relatórios para os conselhos tem melhorado nas empresas. Mais da metade dos executivos (57%) considera que os diretores têm se dedicado mais à gestão de riscos, enquanto 26% afirmam não ter percebido mudanças e 14% acreditam que os líderes estão dedicando menos tempo a esta questão.

No Brasil

Segundo a pesquisa, 55% dos executivos brasileiros consideram que, depois da crise, houve impactos positivos na empresa, enquanto 45% não viram mudanças significativas. No quesito ligado à dedicação ao tema, 50% consideram que os líderes estão dedicando mais tempo ao assunto e 17% não perceberam mudanças. Essa diferença entre o contexto no país e no resto do mundo pode ser explicada pelas várias experiências de crises econômicas ao longo da história do país, as empresas brasileiras sofreram um impacto menor na gestão de riscos.Em nota à imprensa, o sócio-diretor da Korn/Ferry, Paulo Amorim, confirma que a preocupação com os riscos tem crescido globalmente. “Aqui no Brasil não é diferente. Embora a figura do Chief Risk Officer ainda não seja freqüente nas companhias, percebemos expressivo aumento da busca por talentos que possuam habilidades diretamente relacionadas à gestão de riscos”, diz.A pesquisa aponta que, no Brasil, apenas 13% dos entrevistados afirmam que suas empresas possuem um chefe especializado em riscos (Chief Risk Officer), enquanto 60% dizem que a função é desempenhada pelo presidente-executivo. No nível global, o número de empresas com CRO sobe para 20%.

Fonte: EXAME.com

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