sexta-feira, 4 de junho de 2010

ESCOLA DE GOVERNO - UM BOM PROJETO DESCONHECIDO PELA GRANDE MAIORIA!


Histórico
Por iniciativa de um grupo formado por professores universitários e profissionais liberais, liderado pelo Professor Fábio Konder Comparato, foi constituída em São Paulo, em fins de 1991, a Associação Brasileira de Formação de Governantes, mantenedora de uma entidade educacional, sem fins lucrativos, denominada Escola de Governo, destinada a formar dirigentes públicos e atuar como centro de elaboração de projetos, de organização institucional e de políticas públicas.
Essa entidade atua sem quaisquer vinculações de ordem ideológica ou político-partidária, com completa autonomia didática-científica.
O sucesso do empreendimento comprova-se através do poder de germinação do ideário que justificou a sua criação, com a constituição subsequente de entidades similares nos Estados de: Santa Catarina (Florianópolis), Ceará (Fortaleza), Rio Grande do Sul ((Porto Alegre), Minas Gerais (Uberaba e Juiz de Fora), Mato Grosso do Sul (Campo Grande), Sergipe (Aracaju), todas com a participação e o acompanhamento da Escola de Governo de São Paulo.
A idéia básica que está na origem da Escola de Governo é a convicção dos seus idealizadores de que “a atividade política não pode deixar de exercer-se sem uma adequada capacitação técnica, aliada à sólida formação ética.”
Neste sentido, os seus programas educacionais voltam-se para as exigências do bem comum e estão comprometidos com a defesa intransigente dos fundamentos da democracia participativa, com a valorização dos direitos humanos, do desenvolvimento nacional, acreditando, sobretudo “na possibilidade de formação de novas gerações de políticos segundo as exigências basilares da adequada capacitação técnica e da mais sólida inspiração ética, sob o impulso de um grande amor pelo Brasil”
Pretende, portanto, a Escola de Governo contribuir para a formação daqueles que participam direta ou indiretamente do funcionamento do Estado (representantes dos Poderes Executivo, Legislativo, Judiciário, do Ministério Público, dos movimentos políticos, dirigentes das forças de segurança, dirigentes partidários, organizações não governamentais, sindicalistas, lideres empresariais, formadores de opinião, professores, intelectuais, especialmente aqueles com acesso aos meios de comunicação em massa).
Na Bahia, a Escola de Governo, além do curso regular que tem com diretriz a formação de dirigentes na área pública, oferecerá também um curso regular de formação de dirigentes para o setor privado, que terá como área de concentração a empresa, sua responsabilidade social e os princípios da governança corporativa, onde se pretende proporcionar aos participantes uma visão abrangente dos problemas enfrentados pelos dirigentes de empresa e seus assessores, em uma economia globalizada, onde os interesses empresariais não mais podem ser resumidos apenas na obtenção do lucro.
Diante da evidência de que a construção de uma sociedade livre, justa e solidária, que objetive a erradicação da pobreza e da marginalização, que reduza as desigualdades sociais, que resgate a dignidade da pessoa humana, não é apenas tarefa do Estado, certos de que esses valores básicos da cidadania somente podem ser alcançados através do efetivo desenvolvimento nacional, convictos de que a empresa deve participar desse esforço comum, por desempenhar, nesse processo, papel singular e insubstituível em um Estado Democrático de Direito, o curso, voltado ao setor privado, pretende ressaltar a responsabilidade social da empresa e de suas lideranças, analisá-las, debate-las, com o objetivo de facilitar sua perfeita compreensão.
Sendo assim, os dois cursos regulares da Escola de Governo da Bahia se complementam, voltados que são à consecução do ideário de uma sociedade humanista alicerçado, conforme ensina o Professor Fábio Konder Comparato, nos três princípios fundamentais dos direitos humanos: a igualdade, a liberdade e a solidariedade.
“De acordo com o principio da igualdade, todos os seres humanos, quaisquer que sejam as suas diferenças de gênero, raça, tradições culturais ou riqueza patrimonial, têm a mesma dignidade de pessoas, isto é, de seres capazes de amar, descobrir a verdade e criar a beleza. Sob esse aspecto, nenhum indivíduo, grupo social ou povo é superior a outro. Não é humanista a sociedade na qual, como disse Camões, uns nascem para mandados e outros para mandar (Os Lusíadas, canto X, 1211/1212) ...
Quanto ao princípio de liberdade, ele não se reduz, hoje, à esfera da vida individual, como tem pregado incessantemente a ideologia liberal desde o século XIX, mas compreende também a liberdade dos povos de decidir o seu destino e o destino da própria humanidade. A existência dessa liberdade coletiva, aliás, é um pressuposto do efetivo respeito às liberdades individuais. Se o povo não é soberano, mas se submete ao poder da classe empresarial ou de potências estrangeiras, aquelas liberdades serão sempre precárias: elas só existirão na medida em que constituam um estorvo ao projeto político das classes potenciais dominantes. ...
O espírito de solidariedade é essa disposição de cada membro de uma sociedade de se preocupar com o todo, com o bem comum, mesmo com o sacrifício de seus interesses próprios. ...
O advento de uma civilização solidária e a instituição de uma cidadania mundial pressupõem a conjugação de esforços em dois setores fundamentais para a humanização da vida social: a ética e a tecnologia.”

OBSERVAÇÃO: Atuante em vários Estados da Federação, na Bahia, nossas pesquisas mostraram apenas informações hiper desatualizadas, o que nos faz presumir que a Escola Baiana de Formação de Dirigentes e Governantes, está, já a algum tempo, em estado de hibernação. Quem tiver qualquer informação sobre a mesma, escolas conveniadas, etc., favor postar comentário neste blog.

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